31 julho 2006
Derrota Anunciada
Ontem aconteceram as mortes de Cana e Israel resolveu aceitar um cessar-fogo de 48 horas.
A prolongarem-se as tréguas, sem que os soldadados raptados sejam libertados, sem que o Hezbollah seja neutralizado, sem que o Hamas seja desarmado, confirmam-se parte dos prognósticos do meu amigo militante.
Israel sai derrotado desta guerra a que foi arrastado, e podem clamar vitória os fundamentalistas da região personificados nos «movimentos de libertação» e nos regimes delirantes do Irão e da Síria.
Aguardemos portanto mais atentados, mais sequestros, mais rockets sobre as cidades israelitas.
Mas isso pouco incomoda os pacifistas.
Estão de parabéns!
29 julho 2006
Delicioso Cansaço
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Aqui os meus pés transformaram-se em espátulas, porque em Buenos Aires non hay caminos, hay que caminar!. quando damos por nós já calcorreamos, maravilhados grande parte da cidade.
Um exemplo: partindo do Bairro da Recoletta pus-me a passear e lá fui eu pela Santa Fe, pela 9 de Julio, pelo Obelisco, pela Diagonal, pela mítica Plaza de Mayo (essa mesmo onde as mães e as esposas argentinas se reuniram todas as quintas-feiras para saberem dos seus hombres desaparecidos, isto é, ceifados pela brutal ditadura que torturou o país nos anos 70), pela beira-rio, pela Maipú, e, quando dou por mim, estou outra vaz na Callao, morto, ou quase a desmaiar, de cansaço.
(...)
26 julho 2006
Nacional de Xadrez
Estão presentes inúmeros jogadores de craveira, como Korneev, Ftacnik, Nataf, Sokolov, Romero, Riatsantsev e Mateusz Bartel, o actual campeão polaco. É provavelmente o evento xadrezístico mais forte já realizado em Portugal.
Apesar disso há a lamentar que outra vez, o mais importante certame do Xadrez nacional seja realizado na quase clandestinidade. A comunicação social pura e simplesmente o ignora concentrada que está em coisas mais importantes como os jogos do FC. Porto com equipas da 13ª divisão holandesa ou os confrontos do Benfica com os Solteiros e Casados franceses.
No entanto há que olhar para o próprio umbigo para perceber o que se passa com o Xadrez português.
Um exemplo: Neste campeonato, de longe a principal prova do calendário nacional, a equipa do Boavista apresenta-se desde o início com metade dos jogadores!!! E o que é mais incrível é que continua a jogar e ainda não foi eliminada! Os regulamentos assim o permitem porque está demasiado enraizada nos xadrezistas portugueses a ideia que as faltas de comparência são normais e aceitáveis. Por isso são tão brandas as punições.
Repare-se que não se trata de pequeno clube dedicado, mas sim do Boavista, um dos maiores clubes do país que anualmente gasta milhões de euros no futebol, mas não consegue colocar quatro xadrezistas perante o tabuleiro.
Não é portanto de admirar que os patrocinadores fujam do Xadrez como o diabo foge da cruz, e é até compreensível que os jornais e as televisões não percam tempo com aquele «jogo chato e complicado» que alguns malucos insistem em promover.
25 julho 2006
Notas da Guerra Grande XIV - Memorial Mallet
Quem se interessa ou tem curiosidade pela história militar tem, em Santa Maria, dois lugares onde é possível obter mais informações. O Memorial Mallet, localizado no Regimento Mallet, e o Centro Histórico Coronel Pillar, na Brigada Militar, possuem documentos e objetos que contam a trajetória dessas instituições.
No Memorial Mallet, fundado em 1995, os visitantes fazem uma viagem desde 1831, quando surgiu o regimento até os dias atuais. O espaço é dividido em três unidades: o museu, que ocupa dois andares de um prédio; o museu a céu aberto e o mausoléu.
Um passeio pelo museu, revela a história do regimento e do patrono, general Emílio Luiz Mallet. Armamentos usados nas forças armadas, objetos, quadros, fotografias, estandartes e outros documentos fazem parte do acervo. Um dos destaques é uma maquete que reproduz a Batalha de Tuiuti, a maior batalha campal da história da América Latina, que ocorreu em 1866, durante a chamada Guerra do Paraguai (1865-1870). O embate reuniu cerca de 60 mil combatentes e o saldo foi 10 mil soldados mortos.
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Notas da Guerra Grande XIII
A Segunda Morte de Gisberta
A gang juvenil que durante dias a fio humilhou, espancou e torturou a vítima, encontrou com rapidez quem apontasse um infindável conjunto de atenuantes para a crueldade do caso e indicasse como de costume que a culpa era da «sociedade».
Não admira portanto, que o Ministério Público tenha deixado cair a acusação de homicídio, ficando-se apenas pelas «ofensas corporais».
Gisberta reunia um conjunto de características explosivas, que unidas a tornaram a vítima ideal: Homessexual, brasileira e indigente. Não admira por isso que o país real assobie para o lado e finja com um sorriso amarelo que nada aconteceu.
23 julho 2006
Notas da Guerra Grande XIII
A 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, com sede em Dourados, realizará de hoje, dia 22 de julho, até a próxima terça-feira, dia 25, a 4ª edição da Marcha Cívico-Cultural Retirada da Laguna.
Este episódio histórico aconteceu no contexto da guerra da Tríplice Aliança, mais especificamente da região de Laguna, no Paraguai, a três léguas e meia do rio Apa, fronteira do Paraguai, até o rio Aquidauana, em território brasileiro, trinta e nove léguas, ao todo, percorridos em trinta e cinco dias de dolorosa recordação.
A reconstituição desse episódio tem por escopo cultuar os modelos de virtudes dos heróis da Retirada da Laguna; contribuir através da coleta de dados e da pesquisa de campo, com o estudo histórico daquela epopéia; congregar, em torno do fato histórico, a comunidade militar com os diversos segmentos da sociedade civil, particularmente o universitário.
A marcha desenvolver-se-á por itinerários em que poderão ser recordadas as difíceis situações vivenciadas pela coluna na medida em que os sítios geográficos, nos quais decorreram os fatos históricos, forem atingidos.
Foram convidados para participarem do evento Entidades de Ensino Público e Privado, Órgãos de Segurança Pública e Mídia para fazerem parte da coluna de marcha, que contará com representações civis e militares, revivendo um dos mais marcantes episódios da Guerra da Tríplice Aliança.
A participação da sociedade civil, agregará valores ao evento e será uma oportunidade ímpar para se identificar e catalogar possíveis áreas de preservação permanente, existentes ao longo do itinerário.
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No Dourados News - 22 de Julho de 2006
Notas da Guerra Grande XII
22 julho 2006
O Lenço de Zapatero
É certo que no momento presente, perante a guerra a que Israel foi arrastado pelos ataques do Hamas e do Hezbollah, esperava-se um pouco mais de bom senso do governante do PSOE.
Mas conhecendo-se o passado do homem, posto no poder pelas bombas da Al-Qaida e cujo favor agradeceu de imediato com a retirada de tropas do Iraque, somente com muita ingenuidade alguém pode se espantar com a sua indumentária e atitudes.
A cedência ao terror - dentro ou fora de Espanha - está-lhe no sangue.
Mas a bem da verdade é preciso reconhecer que o líder espanhol apenas mostra coerência com sua biografia e comunhão com parte significativa da sociedade do país vizinho, cujo radicalismo que beira a insanidade, explica a persistência de utopias extremistas calcadas nos anos negros da Guerra Civil.
Os Franquistas e Republicanos dos anos 30 sobreviveram a quarenta tenebrosos anos de ditadura e a três décadas de democracia. E a par com o desenvolvimento ímpar, que fez da Espanha uma nação rica e moderna, sobrevive um país rançoso a espumar ódios e preconceitos e onde se encaixa perfeitamente uma figura patética e cobarde como José Luiz Zapatero.
Notas da Guerra Grande XII
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Fonte:
Édson Sibila em 21 de Julho no Campo Grande News.
Notas da Guerra Grande XI
21 julho 2006
Três Anos de Klepsýdra
É bem verdade que estão ausentes algumas figuras emblemáticas do blog - Maria de Fátima Bonifácio, Luís Felipe Scolari, Michael Moore e Vítor Baía - mas o brilhantismo do restante elenco garante a excelência.
Mal habituados como estamos, esperamos do sócio-gerente da casa - Rui Curado Silva - mais um ano com a diversidade, militância e qualidade que tornaram o Klepsýdra numa das grandes referências da blogosfera nacional.
E nós cá estaremos para aplaudir e discordar, na maior parte das vezes em simultâneo!
Aquele abraço Rui!
20 julho 2006
19 julho 2006
Emoção
Quase me fazem chorar os mails e as correntes denunciando as atrocidades sionistas e sua acção genocidária, principalmente por demonstrarem tanto humanismo, tanta preocupação com os civis, tanto amor aos velhinhos e às criancinhas de Beirute e da Faixa de Gaza!!!
E o que dizer nas denúncias de fonte segura que demonstram a utilização de armas químicas pelos judeus - esses malvados - e a perseguição aos pobrezinhos do país do cedro que apenas querem comungar espiritualmente com seus irmãos pacifistas da Síria e do Irão?!
É tão lindo encontrar nos dias de hoje tanto amor e compaixão...
Olimpíadas
É o que acontece quando se prepara os alunos com profissionalismo, rigor e competitividade.
Um exemplo a ser observado por todos os que têm responsabilidades no sector.
18 julho 2006
17 julho 2006
16 julho 2006
Costas Largas
Não se ouve no entanto nenhum depoimento da população da cidade israelita de Haifa - vítima dos mísseis do Hezbollah - nem dos familiares dos soldados capturados pelos grupos extremistas da região. Esse lado da questão não interessa aos meios de comunicação que uma vez mais escolheram o seu lado.
Nas reportagens, na escolha das manchetes, nas colunas de opinião, nas entrevistas, apenas existe um culpado: Israel.
O terrorismo continua com as costas largas.
Consequência Lógica
O resultado está à vista.
14 julho 2006
13 julho 2006
Notas da Guerra Grande XI
Por Paulo José Koling.
Publicado na Revista Espaço Acadêmico nº 62.
Notas da Guerra Grande X - Novo Livro de Roa Bastos
11 julho 2006
Lata
Até já dá para agradecer aos franceses a nossa derrota. Imaginem só o que pediria o Presidente da Federação se ao invés do 4º lugar tivéssemos voltado com o caneco...
10 julho 2006
09 julho 2006
08 julho 2006
Como o Azeite
Com isso os jogadores voltaram ao normal e renderam aquilo que realmente sabem.
Ricardo e Petit não me deixam mentir!
07 julho 2006
06 julho 2006
Mau Perder
Com Filipão dando o mote, a «opinião pública» e o seu patriotismo de pacotilha vocifera contra uma conspiração maquiavélica que terá tirado Portugal da final. É a tese peregrina do «patinho feio», e que traz à tona o Portugal profundo e perdedor que durante um mês esteve escondido pelas surpreendentes vitórias.
Se a imagem dos futebolistas portugueses é miserável - como o lembraram até à exaustão ingleses e franceses - isso deve-se fundamentalmente ao comportamento de nossos atletas como nos casos de Abel Xavier em 2000 ou João Pinto em 2002. Se nunca vencemos nada - e desta feita estivemos muito perto - é pela eterna fuga de responsabilidades que vê sempre nos outros os culpados pelos nossos desaires.
Teria sido muito mais bonito se Filipão e alguns dos seus pupilos e adeptos, tivessem tido na derrota a mesma dignidade que tiveram nas vitórias. Bonito e útil. Mas com o andar da carruagem tudo indica que voltaremos à ladainha habitual e que de nada terá servido este pequeno período de triunfos.
O velho Portugal parece estar de volta.
05 julho 2006
Acabou
Levou Portugal até à elite e acabou com as vitórias morais que não davam sequer para a primeira fase.
A ele - e fundamentalmente a ele - se deve esta campanha. Por mais que isso custe a alguns...
Mas será que não podia ter perdido com mais dignidade e evitado aquelas declarações desajeitadas no fim do jogo?
04 julho 2006
Terceiro Aniversário
Eu, que prefiro os blogs individuais aos colectivos, tenho desde os tempos do pioneiro Bloguítica Internacional, Paulo Gorjão como uma das referências da blogosfera.
Um nome que faz a diferença.
03 julho 2006
A RTP e as Touradas
Mas agora, em nome do marialvismo, até deu para promover criminosos e suas espúrias iniciativas.
País do Futuro
É assim o país do futuro.
02 julho 2006
Reconhecimento
Desta feita com os canarinhos de fora e a façanha de Luís Filipe Scolari, é a vez dos brasileiros em peso torcerem por Portugal. Só isto é uma prova inequívoca do sucesso de Filipão.
Eu que morando em São Paulo sofri com a falta de Portugal em 1982 e 1990, e corei de vergonha com o que se passou em 1986, imagino bem o que sentem neste momento os lusitanos do Canindé e do Pari perante a actual campanha.
Não que considere o futebol a salvação da pátria ou o objectivo maior da nacão.
Quem me conhece sabe bem que me estou nas tintas para isso.
Não canto o hino - que considero uma aberração - não acho que somos os maiores, continuo a achar o futebol lusitano fraquinho e não penso que o Mundial fará de nós vencedores.
É apenas um jogo.
Mas só quem já viveu fora do seu país sabe o que significa um triunfo desportivo desta dimensão para um expatriado. E por tudo isso preferia ter vivido este momento nas ruas do velho centro paulistano.