Eu, que à minha maneira aprendi a ser portenho, estou solidário.

Até 2010 resta-me suspirar por um delicioso Lomito do Café da Biela ou até mesmo do velhinho e tradicional Tortoni
Café da Biela - Buenos Aires

Da peste bubónica ao terramoto de 1755, da fome no mundo ao 11 de Setembro, poucas foram as tragédias humanas que não foram imputadas ao judeus.
Foi linda a comemoração de John Pentsil no segundo golo do Gana na magnífica exibição contra a República Checa.
No final dos anos 80 virou moda no Brasil a adoração de Nossa Senhora de Medjugorje, uma Virgem domiciliada lá para os lados da antiga Jugoslávia.
Mas eis que esta semana sou surpreendido pela actuação do xadrezista brasileiro Henrique da Costa Mecking, o Mequinho, antigo nº 3 do mundo, e que há quase vinte anos regressou aos tabuleiros depois de uma doença do foro neurológico, a miastenia gravis, o ter desenganado e afastado por muito tempo do Xadrez. Convertido desde então e já formado em teologia, Mequinho não desiste de chegar ao título mundial para assim poder divulgar a palavra de Deus.
A invasão e depredação da Câmara dos Deputados em Brasília, trouxe para a ribalta a carismática figura de Bruno Maranhão, um dos comandantes operacionais do quebra-quebra, cujas imagens correm o mundo e enaltecem o Brasil.Se já é repugnante deparar com esse tipo de pessoas num país dito desenvolvido , encontrar a defesa do racismo nazi numa homepage originária de uma das mais ignoradas e esquecidas nações do terceiro mundo, soa no mínimo a patético.
Fico a imaginar os trogloditas nazis paraguaios instalados nos seus buracos em Assunção, a destilar seu ódio aos judeus, aos pretos, aos amarelos e a todos os seus complexos interiores, achando que são superiores, quando na verdade são considerados na maior parte do mundo, independentemente da sua raça, como umas criaturas de segunda por serem uns «míseros terceiro-mundistas latino-americanos».
Os babacas, que pelos vistos idolatram Stroessner e também Solano Lopez ( daí os ter encontrado...), culpam pela desgraça em que se encontra o seu país , o complot judeu e seus aliados...No fundo repetem numa forma hard a ladainha que muitos idiotas defendem por esse mundo fora ( Portugal incluído) de uma maneira soft ( vide algumas alegres declarações de militantes ditos progressistas...).
Gostava mesmo de ver as reacções dessas criaturas , sempre prontas a zelar pela pureza da raça, ao serem barrados no aeroporto de Madrid, por suspeita de imigração ilegal ou simplesmente por apresentarem o passaporte de um obscuro país sulamericano.
Será que continuariam a defender a hegemonia branca e a pureza do sangue europeu quando descobrissem que por aqui na civilizada Europa independentemente de serem brancos, verdes ou ou azuis, serão sempre olhados como criaturas de segunda por serem oriundos de uma «república das bananas»?!
Como será que reagiriam ao saber que no ilustrado velho mundo ninguém sabe , nem quer saber, do passado paraguaio e do drama e morticínio a que foi sujeito, ou se sujeitou, no final do Séc. XIX ?
Gaspar de Francia, Carlos Lopez, Solano Lopez, Madame Lynch nada representam para a velha Europa que se está a borrifar para o passado da nação guarani e que já a catalogou no rol das nações semi-falhadas que só vai aparecendo nos média graças aos golpes de Estado, às catástrofes ou no melhor dos casos, ao Chilavert e ao Gamarra.
Era isso que os idiotas nazis paraguaios precisavam que alguém lhes dissesse.
Talvez então percebessem que além de canalhas, como o são todos os nazis, são também uns perfeitos imbecis!
Não deixa de ser curioso que o mais conhecido e divulgado relato da Guerra do Paraguai tenha sido escrito originalmente em françês e tenha como pano de fundo um episódio menor com pouca ou nenhuma importância estratégica no desenrolar do conflito.Ontem, na sala vip presidencial no Palácio do Planalto, Lula recebeu o líder do PMDB Orestes Quércia.
Ofereceu a ele, nada mais nada menos, do que o lugar de vice em sua chapa de candidato a presidente em Outubro. Aloizio Mercadante, que também estava na reunião, justificando o sobrenome, também se propos a negociar o lugar de vice na chapa dele de candidato ao governo de São Paulo.
Imediatamente lembrei-me da campanha presidencial de 1994, quando Quércia chamou Lula de fascista. Gentileza que Lula retribuiu chamando o "cumpanheiro" de ladrão.
Que beleza ver homens públicos que se perdoam e transformam o antigo fel acumulado no peito no doce mel de amor pelo Brasil.