23 maio 2006

Descarrilando

Quanto maior é a avalanche mediática à volta do livro de Manuel Maria Carrilho, maior é a sua queda e menor a sua expressão política. De degrau em degrau, o antigo Ministro da Cultura vai se afundando e o debate de ontem apenas clarificou o descontrole do antigo candidato à Câmara de Lisboa.

O problema de Carrilho é que ele está realmente convencido do que diz! Não se trata sequer de jogo político. Ela acha mesmo que foi vítima de uma conspiração e ninguém o demove disso. É um homem de convicções.

No seu egocentrismo, não considera possível, sequer imaginável, que a população de Lisboa pura e simplesmente tenha escolhido outro. Logo ele que é tão culto, brilhante, elegante, sofisticado e inteligente! O facto de ter perdido para um candidato medíocre como Carmona Rodrigues, apenas confirma que tudo se tratou de uma cabala e que os terríveis interesses se uniram à SIC, ao Público e outras dezenas de órgãos de comunicação para o perseguir.

E assim o Manuel Maria Carrilho descarrila.

Torna-se aos poucos um Santana Lopes com cátedra.
O seu grande problema é que mesmo na comparação com o menino guerreiro fica a perder.
Este último ao menos tem piada!