02 fevereiro 2006

O Cerco à Liberdade

O islamismo radical não se contenta a fomentar o ódio, a intolerância, o racismo e a violência dentro de portas. Há muito que se encontra em expansão e pretende tornar o seu fanatismo desumano em lei universal.

Não lhes basta tratar as mulheres como lixo, não lhes é suficiente suprimir os mais básicos direitos individuais e coletivos, já não lhes é suficiente o cultivo do terror no seu medíocre mundo.

Passaram há muito à ofensiva perante a passividade das democracias ocidentais. O caso Salman Rushdie foi disso o maior exemplo.

Agora o fascismo islâmico está em polvorosa por causa das caricaturas de Maomé publicadas no jornal dinamarquês Jyllands-Posten e exige que as autoridades locais punam exemplarmente os cartunistas envolvidos. Por punição exemplar devem estar a referir-se à aplicação da Sharia, talvez com o apedrejamento até à morte ou com a decapitação pública, que constitui um dos seus desportos favoritos.

Não conseguem, ou não querem conceber, conceitos como Liberdade de Expressão, Democracia e Separação entre o Estado e as religiões. São demasiados tacanhos para lá chegarem.

Como sempre já apareceram na Europa algumas vozes do inevitável politicamente correcto a dar-lhes razão, e até a ameaçar com processos os jornais e criadores envolvidos no caso! E o mais grave é que alguns desses iluminados são pessoas com responsabilidades na condução dos destinos europeus.

Cada vez que uma sociedade democrática se rende perante canalhas desta espécie, mais força eles ganham. Não admira portanto, que o extremismo cresça por toda a Europa e que se torne regra, mesmo em países muçulmanos até há pouco moderados. Está aqui parte da explicação para o triunfo na Palestina do grupo terrorista Hamas.

(Sobre o assunto ver também o excelente post do Rui Curado da Silva no Klepsydra.)