09 março 2006

Carência Democrática

Há uns tempos atrás Pacheco Pereira dizia existirem três partidos democráticos no nosso parlamento: PS, PSD e CDS. Logo se levantou um coro de protestos pela exclusão do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português do rol das forças comprometidas com a Democracia.

Pois bem, hoje os deputados do BE e do PCP resolveram dar razão a Pacheco Pereira ao ficarem em silêncio no momento do juramento e posse de Cavaco Silva.

Mostraram azedume, falta de sentido de estado e uma enorme carência democrática.

Se é de todo legítimo que não aplaudissem o discurso do novo presidente e discordassem do seu conteúdo - como aliás fizeram os deputados do PS - é no mínimo insólito que não tenham legitimado a declaração de compromisso, feita nos termos e no momento indicados pela Constituição da República.

No fundo, o que quiseram demonstrar é que não aceitam os resultados das eleições, mecanismo das «democracias burguesas», e que só o pragmatismo e falta de força os leva a acatar.

Os estalinismo e o maoísmo, enrustidos numa capa de pseudo-modernidade, continuam vivos nos partidos ditos revolucionários. Em pleno Séc. XXI continuam a viver nos inesquecíveis tempos de 1917...