Particularmente interessantes foram as intervenções de Nuno Crato, presidente em exercício da Sociedade Portuguesa de Matemática.
Perante o desolador panorama que os recentes exames do 9º ano confirmaram, revelando que não existe um único concelho no país com média positiva na disciplina, é chegado o momento de actuar e abandonar de vez as «modernas» pedagogias que tanto dano têm causado ao nosso ensino.
No caso concreto da matemática, Nuno Crato propõe algumas medidas que sendo tão óbvias e necessárias, encontram muitas resistências nas associações do sector:
- Abandono da actual «ideologia» que preconiza o ensino «centrado no aluno» em detrimento do conhecimento e dos conteúdos.
- Aplicação dos exames não só para aferição da aprendizagem, mas também para responsabilização de alunos e professores.
- Avaliação e seriação dos novos formandos das diversas escolas superiores, institutos e faculdades, através de um exame criado para o efeito e que teria o mérito de acabar com a actual distorção que premeia os cursos medíocres cuja única mais-valia é distribuir altas classificações tão úteis aos futuros candidatos a professores.