Está a ser feito muito alarido pelo facto do Primeiro-Ministro espanhol José Luiz Zapatero ter posado com o tradicional lenço palestiniano - o Keffieh .
É certo que no momento presente, perante a guerra a que Israel foi arrastado pelos ataques do Hamas e do Hezbollah, esperava-se um pouco mais de bom senso do governante do PSOE.
Mas conhecendo-se o passado do homem, posto no poder pelas bombas da Al-Qaida e cujo favor agradeceu de imediato com a retirada de tropas do Iraque, somente com muita ingenuidade alguém pode se espantar com a sua indumentária e atitudes.
A cedência ao terror - dentro ou fora de Espanha - está-lhe no sangue.
Mas a bem da verdade é preciso reconhecer que o líder espanhol apenas mostra coerência com sua biografia e comunhão com parte significativa da sociedade do país vizinho, cujo radicalismo que beira a insanidade, explica a persistência de utopias extremistas calcadas nos anos negros da Guerra Civil.
Os Franquistas e Republicanos dos anos 30 sobreviveram a quarenta tenebrosos anos de ditadura e a três décadas de democracia. E a par com o desenvolvimento ímpar, que fez da Espanha uma nação rica e moderna, sobrevive um país rançoso a espumar ódios e preconceitos e onde se encaixa perfeitamente uma figura patética e cobarde como José Luiz Zapatero.