07 junho 2006

Os Nazis do Paraguai (Requentados)

Ao ver a reportagem que a RTP transmitiu ontem à noite sobre o crescimento do movimento neonazi em Portugal, lembrei-me de recuperar uma antiga nota sobre os congéneres paraguaios.

Muda a nacionalidade, muda a localização geográfica, mas não muda a essência da questão.

O que abaixo se diz sobre os «nacionalistas» do Paraguai aplica-se ipsis verbis aos amigalhaços lusitanos

Requentando:

Ao garimpar na net páginas paraguaias com referências à Guerra do Paraguai, denominada por essas bandas como a Guerra da Triplice Aliança, fui parar a uma daquelas inconfundíveis homepages neonazistas que independentemente da origem e do estilo , acabam invariavelmente com a negação ou apologia do holocausto.

Se já é repugnante deparar com esse tipo de pessoas num país dito desenvolvido , encontrar a defesa do racismo nazi numa homepage originária de uma das mais ignoradas e esquecidas nações do terceiro mundo, soa no mínimo a patético.

Fico a imaginar os trogloditas nazis paraguaios instalados nos seus buracos em Assunção, a destilar seu ódio aos judeus, aos pretos, aos amarelos e a todos os seus complexos interiores, achando que são superiores, quando na verdade são considerados na maior parte do mundo, independentemente da sua raça, como umas criaturas de segunda por serem uns «míseros terceiro-mundistas latino-americanos».

Os babacas, que pelos vistos idolatram Stroessner e também Solano Lopez ( daí os ter encontrado...), culpam pela desgraça em que se encontra o seu país , o complot judeu e seus aliados...No fundo repetem numa forma hard a ladainha que muitos idiotas defendem por esse mundo fora ( Portugal incluído) de uma maneira soft ( vide algumas alegres declarações de militantes ditos progressistas...).

Gostava mesmo de ver as reacções dessas criaturas , sempre prontas a zelar pela pureza da raça, ao serem barrados no aeroporto de Madrid, por suspeita de imigração ilegal ou simplesmente por apresentarem o passaporte de um obscuro país sulamericano.

Será que continuariam a defender a hegemonia branca e a pureza do sangue europeu quando descobrissem que por aqui na civilizada Europa independentemente de serem brancos, verdes ou ou azuis, serão sempre olhados como criaturas de segunda por serem oriundos de uma «república das bananas»?!

Como será que reagiriam ao saber que no ilustrado velho mundo ninguém sabe , nem quer saber, do passado paraguaio e do drama e morticínio a que foi sujeito, ou se sujeitou, no final do Séc. XIX ?

Gaspar de Francia, Carlos Lopez, Solano Lopez, Madame Lynch nada representam para a velha Europa que se está a borrifar para o passado da nação guarani e que já a catalogou no rol das nações semi-falhadas que só vai aparecendo nos média graças aos golpes de Estado, às catástrofes ou no melhor dos casos, ao Chilavert e ao Gamarra.

Era isso que os idiotas nazis paraguaios precisavam que alguém lhes dissesse.

Talvez então percebessem que além de canalhas, como o são todos os nazis, são também uns perfeitos imbecis!