08 junho 2006

Um Novo Ídolo

A invasão e depredação da Câmara dos Deputados em Brasília, trouxe para a ribalta a carismática figura de Bruno Maranhão, um dos comandantes operacionais do quebra-quebra, cujas imagens correm o mundo e enaltecem o Brasil.

Nada mais justo para tão destacada figura até agora injustamente mantida em segundo plano.

De origem burguesa, mas sempre pronto para as lutas revolucionárias, Maranhão foi subindo a pulso na hierarquia militante até atingir aquilo que poucos se podem gabar: É membro de relevo em duas das maiores e mais organizadas quadrilhas do país:

A primeira, comandada oficialmente por Ricardo Berzoini e extra-oficialmente por Luís Inácio Lula da Silva, é líder incontestável do crime organizado no Brasil e conseguiu após alguns contratempos no último ano, recuperar fôlego preparando-se já para mais quatro anos de rentáveis operações no lucrativo submundo brasileiro. Chama-se Partido dos Trabalhadores e tem em Bruno Maranhão o seu coordenador para os Movimentos Populares.

A segunda denomina-se Movimento para a Libertação dos Sem-Terra, uma espécie de dissidência radicalizada do já globalizado MST, e dedica-se a promover seus líderes política e financeiramente através da exploração do sofrimento de incautos e miseráveis camponeses. Aqui Maranhão é dono e senhor! Simplesmente manda!

Só falta ao nosso herói uma participação activa no Primeiro Comando da Capital, o PCC, para seu currículo ser perfeito. Mas como sua base é Pernambuco, isso complica a adesão. É sem dúvida um ponto a melhorar...

Por questões táticas, a primeira quadrilha chateou-se com os exageros no Congresso e até já o suspendeu do partido. Nada que não lhe valorize o histórico,tão recheado de proezas durante os negros anos de AI5 e Ditadura Militar.

Maranhão tem potencial para ser um novo ídolo das massas. Um Marcola de estrela ao peito. Um Beira-Mar engajado. Ou ainda melhor, um cruzamento aperfeiçoado de Lampião com António Conselheiro.

E se tiver sorte, e o Brasil naufragar na Copa da Alemanha, quem sabe não substitui dentro de algumas semanas, Ronaldinho Gaúcho no panteão dos heróis populares, e com esse impulso, escala de vez a concorridíssima hierarquia do crime no Brasil?!